Todas as linhas de lubrificantes presentes no mercado contam com opções minerais, sintéticas e semissintéticas.
Você, com certeza, já está habituado(a) a usar algumas delas no seu veículo, mas, a pergunta que fica é: porque uma e não a outra?
Antes de entrarmos efetivamente no assunto, precisamos de uma aula rápida sobre composição e derivados do petróleo:
Esse óleo conta com diferentes tipos de hidrocarbonetos, além de moléculas compostas por átomos de carbono e hidrogênio.
Após a sua extração, o petróleo é aquecido e algumas dessas moléculas evaporam e depois condensam. Durante o aquecimento, o óleo alcança diferentes temperaturas e de cada um dos pontos de ebulição nasce um produto diferente. Por exemplo: na faixa entre 60 °C e 100 °C, a gasolina. Já entre 175 °C e 320 °C conseguimos o óleo diesel, entre 250 °C e 350 °C temos o óleo lubrificante.
Após o alcance do ponto de ebulição do lubrificante, temos a base para começar o desenvolvimento do lubrificante mineral, sintético ou semissintético.
Como?
Através de aditivos e compostos químicos.
Lubrificante automotivo mineral
O nome deste produto já é bem sugestivo, certo?
O lubrificante mineral não leva em sua composição muitos aditivos, conservando grande parte das propriedades naturais e sendo considerado mais “puro” quando comparado ao sintético e semissintético. Ele é concebido pela junção de óleos básicos que vem do processo de refino do petróleo.
O ponto de atenção para esse segmento é a qualidade e procedência do petróleo cru. Caso o fabricante não opte por usar uma boa tecnologia no processo de refino o desempenho do produto será comprometido.
Característica positiva: apresenta boa compatibilidade com a maioria dos motores, é aderente a diferentes tipos de materiais e tem baixo custo;
Característica a ponderar: a composição costuma ser irregular pela falta de aditivos, isso o torna uma opção pouco durável e deixa o motor suscetível a trocas com intervalos menores (o que pode interferir na economia planejada).
Lubrificante automotivo sintético
Sendo uma opção sintetizada, esse óleo leva em sua composição diferentes tipos de aditivos e compostos químicos, pensados e desenvolvidos para que o lubrificante tenha atributos que fazem toda a diferença no funcionamento do motor.
Característica positiva: eleva a performance do motor e garante boa durabilidade;
Característica a ponderar: é o produto mais caro entre os três segmentos.
Lubrificante automotivo semissintético
A fórmula deste produto se distingue por ser um híbrido que leva um pouco da “pureza” do lubrificante mineral e um pouco do desempenho do lubrificante sintético.
Característica positiva: foi desenvolvido para promover ao motor uma boa performance com um valor mais acessível em relação ao produto sintético.
Característica a ponderar: a qualidade e quantidade de cada aditivo, neste caso, contam muito. Como um produto híbrido, esse lubrificante precisa ter compostos químicos de boa qualidade para proporcionar ao motor o prometido.
“— Agora que sei a diferença entre os 3, vou completar com o lubrificante que acho mais viável para o meu orçamento!”
Opa, não é bem assim que funciona…
Pensemos em um laboratório com diversos frascos de químicos diferentes. Qual a chance de algo ruim acontecer se misturarmos todos os químicos? Alta, né?
Bom, neste caso, nada muda em relação aos lubrificantes. Tanto o mineral, sintético ou semissintético carregam diferentes composições para aplicações muito específicas. Um produto sintético leva um aditivo diferente do mineral e o mesmo ocorre com o semissintético. Dessa forma, ao misturá-los, o mínimo que podemos esperar são alterações relevantes na viscosidade e durabilidade. Além disso, a performance do motor pode ser afetada, bem como o desgaste das peças que o compõem.
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